Olá, amigos!

A gente fala muito de marketing digital aqui no blog, mas como criar um nome para sua empresa, nós nunca abordamos. Este processo é chamado de naming. É, talvez, uma das partes mais difíceis da criação para um projeto, produto ou empresa. Afinal, como nomear algo que ainda não existe?

A criatividade, originalidade e entendimento total do negócio, do mercado e de marketing, irão ajudar no processo. Precisa ser algo que tenha significado e de fácil assimilação. Aqui na Lhama temos exemplos muito legais de criação de nome. O objetivo deste artigo é mais dar um panorama das possibilidades e alguns exemplos.

Um passo a passo

Passo 1: Levantamento de dados
Coloque no papel todas as informações sobre a marca/projeto/produto: Como surgiu, de onde veio, para que servirá, qual é o público alvo, quais serão os pontos de venda, diferenciais, sensações, missão, visão, valores, objetivo, inspirações, forças, fraquezas, oportunidades, ameaças, etc. (isso já vai dando uns insights para o próximo passo).

Passo 2: Brainstorming
Depois de entender e descrever tudo sobre o seu projeto, comece a listar possíveis nomes que podem ser interessantes, coloque tudo, tudo mesmo, aqui é o momento para deixar todas as ideias fluírem.

Passo 3: Pesquisa
Pesquise se os nomes da sua lista já existem, se são concorrentes, se atendem os atributos necessários para um bom nome (veja no final do post), teste se a pronuncia, escrita, memória, entre outros.

Passo 4: Registro de nome
Registre sua marca e, também, o domínio e os @ das redes sociais.
 

Tipos de naming
E claro, para criar um nome não há limites, pois explicar como surgiu é maravilhoso, e mostra o quanto seu negócio é autêntico e exclusivo.

• Dá para ser descritivo
  Como o Banco do Povo, Correios e Casa do Pão de Queijo. Bem óbvio do que se trata né?!
  Pró: deixa bem claro o que faz. exemplo: “Eu sei que lá vende pão de queijo.”
  Contra: restringe uma expansão de produtos. exemplo: “Será que vende pão de batata, café, chá ou qualquer coisa”

• Palavra que remeta a uma característica do produto, algo sugestivo
  Uma cerveja vai bem, bem gelada e refrescante… Antárctica.
  Pró: ajuda a aprofundar a imagem além do produto. exemplo: “Cerveja tem que ser gelada.”
  Contra: prejudica a imagem se não houver sintonia com a marca. exemplo: “E se estiver congelado? Ou o garçom te entrega uma cerveja quente?”

• Um símbolo
  Sabia que as lhamas tem personalidade única, trabalhadora, divertida e diferente? Chama a Lhama Digital!
  Pró: trás a característica do animal que já existe para sua marca. exemplo: “Nossa lhama é trabalhadora, diferente e divertida.”
   Contra: nem sempre fica claro do que se trata, precisa de um trabalho de assimilação. exemplo: “A Lhama, faz marketing digital, ou seja, chamamos de lhama digital.”

• O sobrenome ou a junção de nomes (próprios)
  Philips, sobrenome do fundador da empresa de tecnologia.
  C&A são as iniciais dos irmãos criadores da loja de vestuário, Clemens e August.
  Pró: Se tiver boa sonoridade ajuda na marca e limita a concorrência. exemplo: “Fácil de lembrar e marcar”
  Contra: Não mostra nenhuma característica da marca. exemplo: “Requer um investimento em mídia maior para associar os valores da marca, o que faz, para quem faz, como faz.” 

• Usar sigla
  IBM é a sigla para International Business Machines – ‘Máquina de Negócios Internacionais’
  Pró: por ser curto é fácil de falar e lembrar. exemplo: “Fácil de fixar.”
  Contra: carece de significado nítido. exemplo: “Muito fácil de confundir com outras coisas, marcar, objetos etc.”

• Um acrônimo
  Petrobras é a junção do Petróleo Brasileiro
  Pró: Criar um nome original. exemplo: “Pode ficar muito claro que faz.”
  Contra: Pode ‘soar’ estranho, principalmente, por se tratar de uma palavra que não existe. exemplo: “Pode parecer um ‘trava-línguas’, pode parecer estranho, pode ser fácil de confundir com outras significados.”

• A truncação
  Uso de parte de uma palavra, como a Intel – “abreviação” de ‘Inteligência’
  Pró: De novo pode ser original. exemplo: “Pode ficar muito claro que faz.”
  Contra: E mais uma vez, pode ‘soar’ estranho. exemplo: “Pode parecer estranho.”

• Palavras inspiradas em outros idiomas
  ‘Rhebok’ é o nome de uma espécie de antílope africano, tudo a ver com agilidade e corrida, surgiu então a Reebok
  Pró: Pode ser mais sofisticado que a técnica de ‘símbologia’, pois envolve mais pesquisa. exemplo: “Autenticidade para a marca”
  Contra: Envolve necessidade de explicação. exemplo: “não são todas as pessoas que tem acesso a este conhecimento específico.”

• Naming conceitual
  Banco Original, um banco que quer ser original até nome.
  Pró: facilita a memorização e fortalece o conceito da marca. exemplo: “Uma das formas mais claras de explicar o que faz.”
  Contra: uma troca de posicionamento de marca pode ser praticamente impossível. exemplo: “E se o banco não for mais ‘original’?”

• E até mesmo inventar
  O fundador queria um nome fácil e que tivesse a letra ‘k’, que ele gostava, surgiu então a Kodak.
  Pró: são poderosos, por nunca terem sido usados. exemplo: “Facilidade em se diferenciar.”
  Contra: não carrega um significado que auxilie nas ações de marketing. exemplo: “Custa para fazer ‘pegar’.”